O CUIDADO ESTÁ NOS DETALHES
Todos se preocupam com o material de uma etiqueta, adesivo tecnicamente desenvolvido, cores em acordo com o arquivo digital e até liner específico. Esse cuidado tem a razão de existir; Mas, será que param para pensar que tudo isso pode ser maculado se não atentarmos corretamente para a posição de saída de uma etiqueta?
Posição de Saída é a escolha do modo que uma impressão aparece na etiqueta quando esta sai do rolo. Por exemplo: Sai em posição de leitura? De cabeça para baixo? Do lado esquerdo ou direito? Enfim, há pelo menos, 16 formas distintas (de acordo com a ABNT), de uma etiqueta impressa sair do rolo.
Essa forma da saída também é chamada de Orientação do Rolo; é tão importante quanto os demais passos no processo de produção e relaciona-se entre a informação impressa sobre a etiqueta e sua posição quando o rótulo sai do rolo.
Quando a etiqueta é de uso e aplicação final, ou seja, não recebe mais informação alguma quando está nas mãos do cliente/usuário, isso é menos relevante. Também, se as etiquetas ou rótulos são aplicados à mão. Entretanto, se receber outra impressão (termo-transferência, por exemplo), ou for de aplicação automática, influenciará TOTALMENTE o sucesso ou não do fornecimento.
Imagine uma situação onde a engenharia determinou em que ponto do produto a etiqueta deveria cumprir sua função, os profissionais de TI escolheram o software adequado, compras efetuou corretamente a cotação e escolha do fornecedor; arte-finalista escolheu as formas e cores idênticas às especificadas, o impressor produziu conforme a ordem de serviço e que, hipoteticamente, ninguém se atentou à posição de saída ou orientação do rolo. Problema, não?
Parece absurdo; porém, depois de quase uma década nesse mercado, posso dizer que boa parte das reclamações ou devoluções vem de detalhes como esse. Às vezes, um simples ajuste no software resolve a questão; porém, em muitas empresas os usuários têm conhecimento limitado dos equipamentos ou não detém o acesso às alterações necessárias. Logo, torna-se mais fácil devolver a mercadoria para retrabalho. Leia-se PREJUÍZO.
Geralmente, essa situação ocorre quando menos temos condições de resolvê-la. E a pressa do cliente amplia-se, pois contava que a etiqueta estivesse em condições de uso a partir da data em que a recebeu. Assim, o fornecedor deve correr contra o tempo, inclusive, atrasando outros serviços a fim de corrigir tal erro.
Então, para evitarmos esse grande vilão, fica nosso alerta para que tanto clientes quanto vendedores estejam sempre atentos aos detalhes que fazem a diferença entre um fornecimento bem sucedido ou um trauma pós-venda.
Autor: Jessé Odilon Rodrígues
Marketing Coordinator da Gomacol