EU (NÃO) USO COUCHÊ.

09/02/2012 08:36

 

Na maioria das vezes que visito uma empresa ou recebo uma cotação para etiquetas de aplicação descartável (caixas de papelão, transporte e manuseio, etc.), sempre ouço a seguinte opção: Papel Couchê para máquina de ribbon.

Pergunto: Será que essa escolha ou utilização é correta?

 

Certa vez, ouvi um importante profissional desse mercado dizer que o Brasil é um dos poucos países do mundo que utilizam o Couchê nas máquinas de termo-transferência. Há poucos anos atrás, quando importávamos uma dessas impressoras, recebíamos uma tira de um material “diferente” que tinha excelente desempenho. Este material recebido pertence a uma categoria de Frontal chamado Transtérmico, ou seja, especialmente desenvolvido para impressão por termo-transferência, em especial, para código de barras em média ou alta velocidades, mesmo com baixa temperatura do cabeçote aumentando a durabilidade do equipamento de impressão.

 

Alguém, um dia, utilizou o Couchê com ribbon e percebeu que funcionou (ainda que precisou aumentar a temperatura da impressora). Hoje, sabe-se que o material adequado à thermo-transferência com ribbon cera é o papel Transtérmico; mas, em alguns casos, a preferência continua sendo o papel Couchê, por ser mais “baratinho”. O que quase ninguém diz é que o papel Couchê exigirá o aumento da temperatura da cabeça de impressão diminuindo a vida útil da impressora.

 

A superfície do Couchê é irregular na sua trama e exige mais Cera do ribbon para compensar essas frissuras, o que não ocorre no caso do Transtérmico pois sua superfície é mias regular e com tramas infinitamente menores.

 

A Gomacol foi uma das pioeniras à trazer este material ao Brasil e, de lá pra cá, tenta explanar essa realidade e melhoria os seus parceiros.

 

Veja abaixo as diferenças entre esses dois materiais:

COUCHÊ – A utilização em equipamento de termo-transferência exige o aumento da temperatura da cabeça de impressão. Tal modificação ocasionará na queima desse cabeçote, gerando etiquetas com riscos e anulando o efeito dos códigos de barras impressos, impossibilitando sua leitura. Caso haja atrito na etiqueta, a impressão se tornará “borrada”, pois tal material não foi desenvolvido para esse tipo de processo gráfico. Na ocorrência disso, todos os dados alfanuméricos poderão tornar-se ilegíveis, exigindo nova confecção de etiqueta bem como nova aplicação.

TRANSTHERM – Produto recomendado para conversão de etiquetas com informações variáveis, em especial para código de barras, com excelente qualidade de impressão. O tratamento especial do frontal permite impressão por termo-transferência em alta velocidade, mesmo com baixa temperatura no cabeçote da máquina, estendendo a durabilidade da vida útil do equipamento.

 

Onde então recomenda-se o uso do Couchê?

Em todas as aplicações descartáveis que não necessitem de receber a impressão de dados variáveis, ou seja, que não receberão impressão posterior em termo-transferência – ribbon. Nesses casos, o desempenho será excelente.

O que devemos ter em mente é que o material Transtérmico foi criado para o ribbon e sua impressão será até mais resistente e duradoura e, ainda que seu valor seja um pouco maior, na realidade o usuário estará economizando uma manutenção de sua impressora e eventuais substituições de peças da mesma.

 

Abaixo, colocamos a imagem gerada a partir de um microscópio que esclarece a diferença estrutural desses doi produtos. 

 

Até o próximo artigo...

 

Autor: Jessé Odilon Rodrígues

Marketing Analyst da Gomacol